Segundo o Sintronac, mais de 20 ofícios foram enviados
O Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) soltou nota nesta quinta-feira (3), alertando, que vem buscando insistentemente as autoridades de segurança pública do Estado sobre os constantes assaltos a ônibus em sua área de atuação, que compreende 13 municípios.
Segundo o Sintronac, mais de 20 ofícios foram enviados a delegacias, batalhões da PM e secretarias de governo, solicitando a criação de um serviço como o Segurança Presente focado no transporte de passageiros.
Em março deste ano, a entidade classista destacou a onda de assaltos a coletivos intermunicipais, cujos marginais embarcavam nos pontos das imediações do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), no Caju, Rio de Janeiro.
De acordo com o Sindicato, a instalação de uma base da PM no local é importante. “Nada, contudo, foi feito para coibir a ação das quadrilhas e, nesta quinta-feira (03/10), um rodoviário e seus passageiros tiveram suas vidas em risco, sob a mira de armas e debaixo de ameaças de bandidos, em um episódio que, infelizmente, tornou-se rotina na Região Metropolitana”, disse a entidade na nota.
Segundo o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira, nenhum trabalhador tem que passar por isso. “Os danos psicológicos são marcas que todo cidadão levará para o resto de sua vida e que se refletirão no aspecto econômico, com afastamento do trabalho e tratamentos médicos. Portanto, mais uma vez, o Sintronac pede às autoridades públicas a implementação das medidas necessárias ao fim das atividades criminosas nos ônibus, pois garantir a segurança pública é um dever do Estado e um direito de todos nós”, disse Rubens.
A Polícia Militar informou, nesta quinta- feira (3), que vai procurar as concessionárias de ônibus para discutir estratégias de segurança com o objetivo de frustrar futuras tentativas de roubo nos coletivos.
É que saltou para 27% o número de assaltos a ônibus só na cidade do Rio. Dados recentes do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelam 2.769 registros entre janeiro e agosto de 2024, contra 2.185 no acumulado do ano passado.
TERROR – O coletivo da linha 2590R (Ponta Negra x Castelo), da Viação Nossa Senhora do Amparo, foi sequestrado por três assaltantes armados logo após descer a Ponte Rio-Niterói, por volta das 5h45 desta quinta-feira (3).
Os passageiros que saíram de Maricá, viveram momentos de tensão enquanto os criminosos roubaram seus pertences e ameaçaram a todos, por cerca de 30 minutos. O caso foi registrado na 17ª DP (São Cristóvão).
REAJUSTE – Os rodoviários do Leste Fluminense aprovaram, em assembleias realizadas essa semana, a pauta de reivindicações da categoria, com reajuste salarial de 8%, mais reposição de 5%, relativos a perdas com a inflação dos últimos 12 meses, totalizando 13%.
Segundo as informações, a proposta será encaminhada ao sindicato patronal (Setrerj) e ao Ministério Público do Trabalho (MPT) ainda essa semana. Caso seja aprovada, irá vigorar de 1º de novembro até a mesma data em 2025.
Os trabalhadores também reivindicam cesta básica de R$ 600,00, com desconto de 10% na folha de pagamento; o fim da cobrança de passagens de ônibus com dinheiro; 1% de comissão para os motoristas sobre cada passagem paga; e a manutenção dos benefícios conquistados no Acordo Coletivo do ano passado.
As propostas foram aprovadas por ampla maioria, com. 576 votos a favor e 47 contra, em assembleias realizadas em Itaboraí, São Gonçalo e Niterói. Além desses municípios, valem também para Maricá e Tanguá.
“Acredito que a categoria tenha optado por uma proposta realista, diante da melhoria do quadro econômico brasileiro e, consequentemente, do setor, que está praticamente recuperado, com várias empresas, inclusive, contratando rodoviários. Portanto, esperamos que os empresários tenham sensibilidade, principalmente com as perdas salariais dos rodoviários acumuladas desde a pandemia da covid-19”, afirmou o Rubens dos Santo Oliveira, ao final da assembleia em Niterói, nesta quarta-feira (02/10).
“O Sintronac continuará lutando, junto às prefeituras de sua área de atuação, para que sejam inseridas, nos contratos de concessão firmados entre as municipalidades e as empresas, cláusulas que garantam a volta dos trocadores e a reposição das perdas salariais da categoria com a inflação como base para o início das negociações em cada dissídio coletivo”, disse a entidade no texto.
“A partir dessa base, com a reposição do índice da inflação acumulado nos 12 meses anteriores à Data-Base, que é 1º de novembro, negociaremos com as empresas um percentual de aumento real”, explicou Rubens.
São Gonçalo Vai Mudar. O Maior Portal da Cidade.
