A Polícia Federal prendeu, nesta terça-feira, um homem que se passava por agente da PF em São Gonçalo. Segundo nota, ele fingia ser policial e chegava a prestar serviço como se pertencesse à corporação. Ele também responderá por armazenar, no celular, mídias com cenas de abuso sexual infantil. Ao todo, a pena pode chegar a 10 anos, por conta dos crimes de falsificação do selo ou sinal público e pelo armazenamento de conteúdo pornográfico infantil.
Uma das ocasiões em que houve dissimulação foi num serviço de “apoio e segurança” em ambos os turnos das últimas eleições, em uma zona eleitoral de São Gonçalo. Um servidor do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE/RJ) conta que o homem usava uniforme e “portava uma suposta arma de fogo, além de distintivo”.
A polícia também encontrou no celular do investigado fotos em que ele aparecia com uniforme com emblemas da Polícia Federal, assim como colete tático e distintivo. Ele responderá por crime de falsificação e uso do selo ou sinal público.
“O falso policial utilizava-se, ainda, de fotos tiradas em frente à Superintendência da PF no Rio de Janeiro para embasar sua história. Com o uso indevido dos símbolos da corporação, o criminoso se aproveitou de terceiros para subtrair dinheiro e até o veículo de uma vítima”, informa a nota da assessoria da Polícia Federal.
Em agosto, o criminoso já tinha sido alvo de uma operação da PF, que recolheu um celular, algemas, calça tática, coturno, colete tático e duas camisas com símbolo da corporação, coldres, um simulacro de arma de fogo, dois rádios comunicadores, além de outros acessórios que eram utilizados pelo preso.
O nome da operação faz referência ao filme “Prenda-me se for capaz” (2002), protagonizado por Leonardo DiCaprio, que conta a história com inspiração real nos crimes praticados por Frank Abagnale Jr., nos Estados Unidos.