As famílias que perderam o benefício não querem ganhar cestas básicas em troca do Moeda Arariboia
Dezenas de pessoas se concentram ontem (16/5) em frente à Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), na Rua Cel. Gomes Machado, 281, no Centro, num ato em que reivindicam sua reinserção no programa de transferência de renda para famílias em situação de vulnerabilidade.
No início da semana uma manifestação semelhante aconteceu na porta da Prefeitura de Niterói. Muitas famílias alegam que não houve critério para a exclusão e dizem estar dentro dos parâmetros exigidos para o programa.
“Se mantivessem o cartão isso não estaria acontecendo. Não quero passar necessidade, não quero esmola, quero meu direito. É por isso que as autoridades estão fazendo a gente de ‘gato e sapato’. Estão fazendo a gente de porco, já viu a cesta básica? O arroz está preto, não tem um óleo, açúcar, sal e não tem nada”, disse a moradora Amanda Silva.
Segundo a Prefeitura, para ter direito ao benefício, é necessário que o cidadão esteja com o cadastro do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do Governo Federal em dia.
“Tem que se enquadrar no perfil socioeconômico da Moeda Arariboia, que utiliza o mesmo critério do programa federal que estabelece o limite de renda per capita familiar de até R$ 218,00 e seja morador de Niterói”, afirmou o Executivo na nota.
ENTENDA – Este imbróglio teve início após o Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontar 14 irregularidades administrativas na concessão do benefício Moeda Social Arariboia, incluindo a presença de mortos e ‘ricos’ na lista, a prefeitura de Niterói.
Com isso, o Executivo anunciou, na última quarta-feira (8), que fez uma revisão dos assegurados selecionados. De acordo com a Secretaria municipal de Assistência Social e Economia Solidária, 13 mil pessoas que não se enquadravam mais no critério para recebimento foram excluídas.