Corpo de Juliana Marins passará por nova autópsia

Corpo de Juliana Marins passará por nova autópsia

Governo brasileiro atendeu a um pedido da Defensoria Pública da União

A Advocacia-Geral da União (AGU) comunicou, nesta segunda-feira (30), que cumprirá voluntariamente o pedido de nova autópsia no corpo de Juliana Marins, brasileira que morreu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, no último dia 21. O pedido foi feito pela Defensoria Pública da União (DPU) e o novo exame está previsto para acontecer assim que o corpo chegar no Brasil, nesta terça-feira (1º). 

Ao representar os interesses da família da jovem, a demanda da DPU se sustenta nas dúvidas geradas pela certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta, capital da Indonésia, que não esclareceu o momento da morte após queda na trilha do vulcão. Conforme a DPU, a necrópsia deve ocorrer em no máximo seis horas após a aterrisagem em território nacional, a fim de garantir a preservação de evidências.

Os detalhes de como e onde será feita a nova autópsia serão definidos na reunião marcada para 15h desta terça-feira, entre AGU, DPU e Estado do Rio da Janeiro, quando serão indicadas as responsabilidades de cada ente federativo. A Polícia Federal, no entanto, já registrou disponibilidade para colaborar, por exemplo, com o traslado do corpo até o Instituto Médico Legal (IML) que for designado, caso seja essa a medida definida pelas instituições.

Glaucio de Lima e Castro, procurador-regional da União da 2ª Região pontuou que “o governo Federal tem acompanhado com atenção e solidariedade o caso desde o início, prestando apoio à família dentro dos limites institucionais”.

Por isso, diante do ajuizamento da DPU, a AGU decidiu se antecipar ao pedido e colocar a União à disposição. “Devido à natureza humanitária e ao conteúdo da demanda, compreendeu-se que a postura mais adequada seria a de colaborar para que as providências solicitadas pudessem ser operacionalizadas com celeridade e efetividade”, explicou.

Juliana fazia uma trilha no Monte Rinjani, no dia 21, quando caiu em um penhasco do vulcão. Desde então, houve grande expectativa sobre o resgate dela, que só era vista por imagens feitas por um drone. Em uma das tomadas, ela ainda se mexia. Apenas no dia 24, equipes de socorro confirmaram a morte da moradora de Niterói, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro.

Durante o intervalo entre a notícia da queda e o resgate, a família reclamou da demora em iniciar os trabalhos de busca. O corpo só foi resgatado no dia 25/6 e, para a família, houve negligência.

Segundo a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, a brasileira não foi resgatada a tempo por conta das condições meteorológicas, terreno complicado e problemas na logística das operações de socorro.

Uma autópsia realizada por profissionais da Indonésia concluiu que a turista brasileira morreu em decorrência de hemorragia, provocada por danos a órgãos internos e fraturas ósseas. Segundo os legistas, os ferimentos foram provocados por traumas por contusão, ocorridos algumas horas antes do resgate do corpo.

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