O subsecretário de Defesa Civil, major Felipe Assumpção, tranquilizou a população e disse que vai procurar órgão responsável pela informação
O tremor de terra registrado em São Gonçalo na tarde desta terça-feira (11), segundo a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), e divulgado pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) não foi alertado primeiramente para a Defesa Civil gonçalense e nem para a Secretaria de Estado de Defesa Civil.
O abalo sísmico de baixa magnitude foi registrado com epicentro no município às 13h07 de ontem (11). O sismo teve magnitude 2.0 na Escala Richter. A Prefeitura disse que não houve ocorrência relacionada ao sismo e que vai manter contato permanente com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, Cemaden – RJ.
O subsecretário de Defesa Civil, major Felipe Assumpção, tranquilizou a população em relação ao anúncio de tremor e disse que vai entrar em contato com o Centro de Sismologia da USP, responsável pela divulgação do registro.
O tremor foi percebido pelas estações da RSBR e passou por análise do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo. Apesar de não existirem registros recentes de tremores com epicentro em São Gonçalo, abalos do tipo são relativamente comuns no país de acordo com a instituição. “Em geral, esses pequenos sismos são causados por pressões geológicas movimentando pequenas fraturas na crosta terrestre”, afirmou a RSBR.
A Secretaria de Estado de Defesa Civil, através do Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemadens-RJ), informou que também não recebeu alertas de sismos significativos para o território fluminense dos órgãos federais de monitoramento responsáveis pelo gerenciamento e processamento das informações e distribuição de alertas.
“O Estado do Rio de Janeiro está localizado a grandes distâncias de regiões tectonicamente ativas, ou seja, zonas de convergência (colisão) de placas tectônicas que acumulam energia suficiente para provocar tremores significativos.
Apesar disso, falhas geológicas presentes em rochas profundas podem ter seu movimento ocasionalmente reativado por processos de acomodação de tensões internas, produzindo, no caso do Rio de Janeiro, pequenos tremores de baixa magnitude, que não são perceptíveis à superfície e não geram registros de impacto à população”, disse o órgão na nota.
Segundo o Estado, as equipes de geologia do Cemaden-RJ seguem monitorando e, em caso de alterações nas condições, alertas serão enviados.
Tremores de terra com magnitude de 2,0 a 2,9 já não são considerados microssismos, mas ainda costumam ser classificados como “muito pequenos”. Na maioria dos casos, eles não são sensíveis a seres humanos e são provocados por pressões geológicas que movimentam pequenas fraturas na crosta da Terra.
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De acordo com a Universidade de Michigan Tech, o potencial de danos causado por cada intervalo de magnitude é o seguinte:
Até 2,5: Não é sentido, mas é registrado por sismógrafos.
De 2,5 a 5,4: É sentido, mas causa apenas pequenos d5nos.
De 5,5 a 6: Pode causar dan0s a edifícios e outras estruturas.
De 6,1 a 6,9: Causa muitos d5nos em áreas densamente povoadas.
De 7,0 a 7,9: É um grande terr3moto, com dan0s sérios, como prédios d3struídos, em áreas habitadas.
De 8,0 ou mais: É um terremoto extremamente forte, que pode destruir completamente comunidades próximas ao epicentro.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) informa que um terremoto tem uma única magnitude, mas o registro desse número pode ser revisado por sismógrafos com novos dados.
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