O ex-presidente e candidato republicano Donald Trump afirmou que Israel deveria “atingir” as instalações nucleares do Irã como retaliação pelo recente ataque de mísseis em solo israelense, que ocorreu na terça-feira (1º). As declarações de Trump, feitas durante um comício em Fayetteville, na Carolina do Norte, na sexta-feira (4), contrastam com a posição do presidente dos EUA, Joe Biden, que se opõe a tal ação militar.
Na terça-feira, o Irã lançou cerca de 200 mísseis contra Israel, com grande parte dos projéteis direcionados a cidades importantes, como Tel Aviv e Jerusalém. Em resposta, Israel prometeu uma retaliação “precisa” e “surpresa”. O governo Biden, preocupado com uma possível escalada do conflito, está se esforçando para desescalar as tensões e evitar uma guerra total entre os dois países.
Biden destacou que Israel ainda está avaliando suas opções e desaconselhou um ataque a instalações petrolíferas iranianas. As autoridades americanas estão atualmente em diálogo com Israel para coordenar uma resposta que seja considerada “adequada” e “proporcional”.
Durante seu discurso, Trump também mencionou a capacidade nuclear do Irã, que considera uma ameaça significativa não apenas para Israel, mas também para os Estados Unidos. Ele afirmou que, se reeleito, os EUA também teriam um “Domo de Ferro”, semelhante ao sistema de defesa israelense, para proteger o país contra ameaças externas.
Essas declarações refletem as divisões nas abordagens dos dois partidos em relação à política do Oriente Médio. Enquanto a administração Biden tenta manter um equilíbrio delicado, Trump defende uma postura mais agressiva, o que pode ressoar com sua base eleitoral, especialmente em um momento em que a segurança nacional está em destaque.
O aumento das hostilidades entre Israel e Irã levanta preocupações globais, já que ambos os países possuem capacidades militares significativas e suas ações podem impactar a estabilidade da região e as relações internacionais.
