Babá morta pela patroa foi atraída para submundo de festas, álcool e sexo

Babá morta pela patroa foi atraída para submundo de festas, álcool e sexo

Caso chocou Manaus e revela rede de exploração sexual, da qual jovem babá de 20 anos foi vítima

O caso de Geovana Costa Martins, jovem de 20 anos encontrada morta em uma área de mata no bairro Tarumã, em Manaus, chocou a cidade e o país. Seu corpo foi identificado pela família no domingo (25). Geovana estava desaparecida desde 19 de agosto.

Na noite de quarta-feira (28), Camila Barroso da Silva, de 33 anos, foi presa, sendo apontada como a principal suspeita do envolvimento no homicídio. Geovana era babá do filho de Camila. O delegado Ricardo Cunha informou, em coletiva de imprensa, que duas pessoas foram identificadas com participação direta na morte da jovem.

CRIME CHOCOU A POPULAÇÃO

Durante as investigações, foi revelado que Geovana foi morta de forma bárbara, com sinais claros de espancamento e tortura. Geovana teria se dirigido à casa de Camila, localizada em Petrópolis, na zona sul de Manaus, para trabalhar como babá. No entanto, a jovem foi aliciada e atraída para um submundo de festas e álcool.

Segundo informações apuradas pela delegada Marília Campello, a casa de Camila funcionava como uma casa de massagem, onde Geovana era forçada a realizar programas sexuais.

“Essa vítima era praticamente forçada a fazer programas sexuais. Além de Geovana, outras meninas também passavam por lá, mas ela morava no local e não podia se relacionar com pessoas de fora”, relatou Campello.

SOBRE A VÍTIMA – Camila Barroso da Silva se tornou a principal suspeita após ser apurada sua intensa manipulação sobre Geovana. No momento de sua prisão, Camila tentou alegar que um ex-namorado da jovem seria o verdadeiro autor do crime. No entanto, ele prestou depoimento e entregou mensagens de Geovana relatando o controle abusivo de Camila.

Camila teria alegado que a jovem estava devendo dinheiro e precisava trabalhar para pagá-la, prendendo-a na rotina de exploração. A delegada Campello também destacou que a jovem pode ter sido usada como “mula”, transportando drogas no corpo ou em objetos. Ainda mais chocante é a informação de que Camila tinha passagens marcadas para a Europa e que Geovana havia tirado passaporte recentemente.

AÇÕES – A Polícia Civil do Amazonas segue investigando as circunstâncias do crime e busca capturar outros envolvidos. O veículo usado para abandonar o corpo de Geovana no bairro Tarumã estava em posse de Camila e de Eduardo Gomes da Silva, filho da proprietária da casa onde Camila morava.

As autoridades ainda não podem afirmar a motivação exata do crime, pois Camila nega envolvimento direto. No entanto, os indícios e a pressão psicológica exercida sobre Geovana são evidentes. “É uma história lamentável. A jovem foi torturada e espancada. Ainda não podemos definir a motivação exata, mas temos indícios suficientes, e por isso ela está presa”, finalizou a delegada.

As investigações continuam, com a polícia colhendo mais depoimentos e provas para entender toda a rede de exploração que vitimou a jovem Geovana. A prisão de Camila Barroso da Silva é um passo importante, mas ainda há muito a ser esclarecido. Enquanto isso, a comunidade de Manaus permanece em estado de choque, esperando por justiça.

O caso serve como um alerta para outras situações de exploração e para a necessidade de políticas mais rígidas contra o tráfico de pessoas e a exploração sexual.

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