Um empresário morreu após ser baleado em São Gonçalo. A família acusa policiais do 7º BPM (São Gonçalo) pelo disparo, durante uma abordagem. Já a corporação afirma ter havido um confronto.
Rhuan Rodrigues Pereira, de 20 anos, tinha uma loja de roupa e era sócio de um depósito de bebidas em São Gonçalo. O episódio foi na madrugada desta segunda-feira (19), e a morte foi declarada na manhã desta terça (20).
Segundo parentes, Rhuan passou o domingo (18) comemorando o aniversário da mãe e, por volta da meia-noite, saiu de carro com um primo para um bar. Atrás deles vinham duas amigas de moto.
Rhuan errou o caminho e fez uma bandalha em um dos acessos ao Complexo do Salgueiro. Nesse momento, PMs mandaram o carro parar. Segundo as testemunhas, porém, os militares atiraram antes que o jovem pudesse sair do veículo.
“Tinha um carro de polícia totalmente apagado. Nem a sirene ligada, nada. Quando ele foi fazer a volta, ele foi abordado. A polícia gritou para ele parar. Ele parou. E quando ele parou, ele foi alvejado”, disse a mãe, Fernanda Rodrigues.
“Não houve nada. Não teve tiroteio nenhum. Se tivesse tiroteio, tinha que ter arma. Não tem”, declarou.
Um dos PMs entrou no carro do jovem e o levou até o Pronto-Socorro Doutor Armando Gomes de Sá Couto. A mãe afirma que um militar ainda pediu desculpas ao primo pelo incidente.
A Polícia Militar afirmou que homens do 7º BPM abordaram um veículo na Rua Heitor Rodrigues.
“De acordo com o comando da unidade, a equipe policial solicitou a parada do veículo, que parou no acesso à comunidade do Salgueiro. Criminosos, ao perceberem a abordagem, efetuaram disparos contra os policiais. Houve confronto, e um homem, que estava no interior do veículo, foi ferido e levado ao hospital. A ocorrência foi encaminhada para a delegacia da região”, afirmou a PM no texto.
A Polícia Civil disse que o caso foi registrado na 72ª DP (São Gonçalo). “A investigação está em andamento e diligências são realizadas para apurar os fatos”.
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