Político era filiado ao PRTB e deixou a legenda após ser derrotado por Pablo Marçal na disputa interna sobre a candidatura à prefeitura de São Paulo
Kelmon Luís Souza, conhecido pela alcunha de Padre Kelmon, se filiou ao PL, partido de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto. A filiação do político foi formalizada nesta quarta-feira 14 e é assinada pelo próprio Valdemar, atual presidente do partido.
Ao lado de Kelmon, Altineu Côrtes publicou um vídeo em que diz ser uma honra receber o político na sua legenda:
“O Partido Liberal tem a honra de receber o @pekelmon em nossas fileiras. Sua filiação fortalece ainda mais nosso compromisso com os valores conservadores e a defesa da família e da fé. Juntos, vamos trabalhar por um Brasil mais justo, onde a liberdade e os princípios cristãos sejam sempre preservados. Seja bem-vindo ao PL, Padre Kelmon!”, disse Altineu na postagem.
Já Valdemar Neto disse que filiar o Padre Kelmon já era um trabalho antigo.
“Quando conhecemos o Padre Kelmon, vimos quem era ele e como era ele, nós ficamos trabalhando nisso, com a ajuda do Sóstenes Cavalcante, ex-líder da bancada evangélica”, relatou.
Na mesma publicação, o recém-chegado ao PL agradeceu a ‘acolhida na nova casa’. Bolsonaro, que é presidente do partido, não participou do evento, uma vez que ele não pode ter contato com Valdemar Costa Neto por ordem judicial. Os dois são investigados por uma tentativa de golpe de Estado.
O ex-capitão, no entanto, também assinou a ficha de filiação do ‘padre’, horas antes, em uma visita do ‘novo bolsonarista’ ao ex-presidente. O encontro foi divulgado nas redes sociais. “Muita satisfação em abonar a ficha do padre Kelmon”, diz Bolsonaro.
Sobre o Pe.
Padre Kelmon ganhou notoriedade na última eleição de 2022, quando foi escolhido pelo PTB, de Roberto Jefferson, como candidato ao Planalto. Ele terminou o pleito em 7º lugar, com apenas 0,07% dos votos.
Nos debates, protagonizou cenas pitorescas e viralizou nas redes sociais ao ser chamado de ‘padre de festa junina’ pela adversária Soraya Thronicke (União). O então candidato Lula (PT) também respondeu ataques de Kelmon alegando que ele estaria ‘fantasiado de padre’.
Os termos foram usados justamente pelo fato da igreja brasileira não reconhecer o título de padre a Kelmon. Ele era, até 2022, padre da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru, mas foi desligado e desautorizado pela instituição de falar em nome da ordem ou ministrar sacramentos.
Após a expulsão, Kelmon então passou a afirmar ser bispo da Igreja Ortodoxa Grega da América e Exterior.
Kelmon, como citado, já foi filiado ao PTB, mas, mais recentemente, estava no PRTB. Ele optou por sair da legenda após um desentendimento com Pablo Marçal, atual candidato à prefeitura de São Paulo.
Kelmon, em março, anunciou sua pré-candidatura ao posto de prefeito da capital do estado. Seu plano, no entanto, foi soterrado com a chegada de Marçal.
Com informações Carta Capital
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