Segundo a Justiça, a parlamentar articulou como milicianos deveriam se comportar em uma reunião com a prefeitura do Rio
A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) formou maioria para o arquivamento do processo ético-disciplinar enfrentado pela deputada Lucinha (PSD), suspeita de envolvimento com a milícia que atua na Zona Oeste. A sessão aconteceu na última quinta-feira (20) e transcorreu sob sigilo.
Os deputados que entenderam que não houve quebra de decoro parlamentar foram: Vinícius Cozzolino (União Brasil), Renato Miranda (PL), Cláudio Caiado (PSD) e Júlio Rocha (Agir). Contra Lucinha, votaram Martha Rocha (PDT) e Dani Monteiro (Psol).
O presidente do Conselho de Ética, Júlio Rocha disse que o colegiado “não viu provas para que Lucinha perdesse o mandato, como a Justiça também não teve materialidade para prendê-la”. Sobre a reunião feita de forma fechada, ele disse que foi feita devido ao duplo grau de sigilo atribuído pelo Poder Judiciário.
Na segunda-feira (17), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou a deputada e sua ex-assessora parlamentar Ariane Afonso Lima, sob a acusação de integrarem a milícia chefiada por Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho. De acordo com as investigações, as duas faziam parte do núcleo político da organização criminosa.