Comissão de Família da Câmara dos Deputados diz que o show na praia de Copacabana foi um “vilipêndio à fé da população”
A Comissão de Família da Câmara dos Deputados aprovou na 4ª feira (22/5) uma moção de repúdio contra as cantoras Madonna, Anitta e Pabllo Vittar. A razão foi por conta do show da artista norte-americana em 4 de maio, em Copacabana, no Rio de Janeiro.
As cantoras brasileiras participaram do espetáculo. O requerimento foi feito pelos deputados Chris Tonietto (PL-RJ), Allan Garcês (PP-MA), Cristiane Lopes (União Brasil-RO), Clarissa Tércio (PP-PE) e Julia Zanatta (PL-SC). A Comissão de Família é formada majoritariamente por deputados da ala conservadora.
No pedido, os congressistas alegam que o show foi um “vilipêndio à fé da maioria da população brasileira” e teve “forte viés erótico”. Os deputados dizem também que o financiamento do evento com recursos públicos “representa um vergonhoso episódio de descaso para com os valores e as necessidades” dos habitantes brasileiros. Segundo o secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, o show de Madonna trouxe um retorno de R$ 300 milhões ao Rio.
Deputado aciona MP
O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), 2º vice-presidente da Câmara, acionou o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e o Ministério Público Federal (MPF) na última segunda-feira (6/5) para que os órgãos investiguem a apresentação da cantora Madonna a qual ele classificou como “o show de horrores”.
“Dei entrada contra o Show de Horrores da Madonna e seus convidados em Copacabana, junto ao MP e MPF. Punição para todos os envolvidos”, disse Cavalcante.
O congressista acredita que Madonna claramente premeditou o seu ato reprovável ao ensaiar na quinta-feira as mesmas cenas executadas no sábado diante de inúmeras crianças.
“Este ensaio prévio no local do evento não foi mero preparo artístico, mas a configuração de um crime contra a inocência infantil, desconsiderando completamente a vulnerabilidade, a proteção legal devidas a menores de idade. Tal conduta não apenas transgride as normas sociais, mas implica uma grave violação legal, exigindo punição severa”, frisou Sóstenes.
Em Niterói, o pré-candidato a vereador Pedro Castilho, manifestou sua indignação com o uso de recursos públicos para financiar um evento que desrespeita os valores morais da sociedade.
“No momento do maior desastre climático da história do Brasil, que basicamente estragou o Rio Grande do Sul, o Rio de Janeiro promoveu, com dinheiro público, um montante de 20 milhões, um show de pornografia e bizarrice”, lamentou Castilho.
Fonte: Poder 360