Proprietário estima prejuízo de mais de R$ 2,5 mil. Representante de associação diz que caso não é isolado: ‘Madrugada virou terra de ninguém’
Uma situação que sempre acontece em Niterói e os casos só aumentam: arrombamento de banca de jornais no Centro. E, na madrugada da última segunda feira (10/3), foi a vez de mais uma na Rua Luiz Leopoldo Fernandes Pinheiro, esquina com a Rua da Conceição.
Nada escapou do estabelecimento que teve boa parte de suas mercadorias – dentre elas balas, doces, cigarros e isqueiros em um ponto movimentado durante o dia, mas que de noite é alvo. Só para se ter uma ideia este foi o sexto arrombamento em bancas de jornal somente neste ano.
Segundo o responsável, Ricardo Gomes, nem o alarme ou a presença de câmeras inibe a ação dos criminosos. Para ele, na maioria das vezes, os assaltos são praticados por usuários de drogas. Ricardo disse ainda que teve nesse assalto um prejuízo de R$ 2,5 mil, entre danos na banca e mercadorias levadas.
“O alarme disparou no meu celular. Quando olhei, vi que a banca estava aberta. Tinha acabado de ser estourada. Imediatamente, peguei meu carro e fui até lá, moro a 20 minutos. Foram mais ou menos seis cracudos”, disse Ricardo.
O empresário, que é responsável por outras cinco bancas no Centro de Niterói, disse que o caso não é isolado. “Somente nessa banca, lembro de outros episódios recentes. Em um deles, puxaram a faca para minha funcionária. Foram pelo menos três roubos”, afirma Ricardo, que vai procurar uma delegacia para registrar o caso.
Números compartilhados pela Associação dos Proprietários de Bancas de Jornais de Niterói (Aproban) confirmam a situação dramática vivida pelos empresários do setor. No ano passado, 48 bancas da cidade na Região Metropolitana foram alvo de ações criminosas, sendo 65% desses episódios casos de arrombamento. O cenário deve se repetir neste ano, uma vez que somente nos primeiros meses já foram registrados seis arrombamentos e quatro assaltos.
“A madrugada virou terra de ninguém. Precisamos de rondas policiais constantes e de um monitoramento eficaz pelo Cisp (Centro Integrado de Segurança Pública) para coibir os ataques. Os jornaleiros não podem continuar desprotegidos”, enfatiza Renato Azeredo, representante da associação.
Segundo o Azeredo, os crimes seguem um padrão bem definido com os assaltos acontecendo durante o horário comercial. Nesse perfil de crime, os bandidos chegam de moto, não retiram o capacete e anunciam o assalto, sendo o alvo principal cigarros, dinheiro em espécie e produtos eletrônicos.
Já os arrombamentos, sempre acontecem de madrugada. Em alguns casos, ele conta que os criminosos utilizam a estratégia de se deitarem próximos à banca, aguardando o momento em que a rua fica completamente deserta.
A Polícia Militar foi procurada pela reportagem sobre o caso de arrombamento na banca da Rua Luiz Leopoldo Fernandes Pinheiro, mas informou que não houve registro de acionamento.
Fonte: O Dia – repórter Lucas Cardoso
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