O governo dos Estados Unidos negou, nesta quinta-feira (13), que o diálogo entre Donald Trump e Vladimir Putin para tentar acabar com guerra na Ucrânia represente uma “traição” ao país, embora os aliados europeus tenham exigido uma participação na negociação e que, em particular, as negociações incluam Kiev.
Na quarta-feira, Trump e Putin conversaram por telefone sobre como acabar com o conflito, iniciado com a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.
“Não há traição”, afirmou o secretário americano de Defesa, Pete Hegseth, ao chegar nesta quinta-feira à sede da Otan, em Bruxelas, para uma reunião de ministros da aliança militar.
Além do anúncio de Trump, os aliados europeus da Otan ficaram ressentidos com o fato de o presidente americano ter negociado diretamente com Putin, sem prometer à Ucrânia um lugar na mesa de negociações.
Hegseth afirmou que todos os membros da Otan reconheceram que os “Estados Unidos estão comprometidos com uma paz negociada”, para acabar com o conflito entre russos e ucranianos.
A paz, acrescentou, “exigirá que os dois lados admitam coisas que não querem”.
A posição dos países europeus continua baseada na premissa de “não discutir nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia” e, por isso, a iniciativa de Trump representou um balde de água fria.
Pouco antes de receber Hegseth, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, disse que era “crucial” que a Ucrânia esteja “estreitamente envolvida” em tudo que diz respeito ao país.
Fonte: CNN
