“Chegamos ao ponto de rodoviários abandonarem a profissão para preservar suas vidas e sua saúde mental”, disse o presidente do Sintronac
O Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) enviou ao comando da Segurança Pública ofício para solicitar mudanças nos procedimentos relativos a operações policiais em comunidades, diante das ações perpetradas por marginais, que adotaram a tática terrorista de atirar na população para evitar a prisão de seus chefes, a apreensão de seu patrimônio ilícito, ou qualquer intervenção oficial em seus territórios de domínio.
Segundo o Sintronac, episódios como o desta terça-feira (2/9), que vitimou um passageiro da viação Expresso Rio de Janeiro, na BR-101, altura do Jardim Catarina, São Gonçalo, tornaram-se comuns na Região Metropolitana do Rio de Janeiro e exigem uma nova postura dos órgãos de segurança. Garantir a segurança dos cidadãos, incluindo, obviamente, a dos rodoviários, deve ser a prioridade dos agentes públicos.
“Há décadas, a permissividade das autoridades com grupos criminosos permitiu a ascensão desses bandos e o estabelecimento do caos nas cidades. O Sintronac enviou, em vão, mais de cem ofícios ao longo dos anos cobrando providências. Chegamos ao ponto de rodoviários abandonarem a profissão para preservar suas vidas e sua saúde mental. Dirigir ônibus tornou-se extremamente perigoso”, disse Rubens dos Santos Oliveira, presidente do Sintronac.
“Lamentamos a morte do passageiro e esperamos que nossa luta pela paz não seja vã. O transporte público é um direito constitucional do povo brasileiro e não pode ser refém daqueles que desprezam a mais básica condição humana, que é a plenitude da vida”, completou Rubens.
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