Condições meteorológicas dificultam retirada de Juliana do local
A angústia continua para a publicitária e moradora de Niterói, Juliana Marins, de 26 anos, que segue pelo terceiro dia consecutivo em área de vulcão desativado na Indonésia, sem água e alimento. Apesar dela ter sido localizada, as condições meteorológicas estariam dificultando o trabalho de resgate.
Segundo autoridades brasileiras, a publicitária ainda está abaixo de 350 metros de onde os socorristas conseguiram alcançar o local exato do penhasco no Monte Rinjani. A situação gerou revolta nos familiares, que mais uma vez protestaram nas redes sociais. Já são mais de 60 horas desde o momento do acidente.
“Um dia inteiro e eles avançaram somente 250 metros abaixo. Faltavam 350 metros para chegar na Juliana e eles recuaram mais uma vez! Nós precisamos de ajuda! Nós precisamos que o resgate chegue até Juliana com urgência […] Juliana vai passar mais uma noite sem resgate por negligência!”, postou no Instagram.
Ainda na postagem, os familiares contestaram a negligência e a demora no resgate. Nas imagens publicadas no Instagram, eles mostraram que o tempo estava limpo por volta das 9h do horário local. Mais tarde, às 16h, o céu já estava nublado, com pouca visibilidade. Com isso, eles questionaram o porquê do resgate não ter sido realizado nas primeiras horas do dia, quando a condição climática estava favorável.

“Aparentemente é padrão nessa época do ano que o clima se comporte dessa forma. Eles têm ciência disso e não agilizam o processo de resgate. Lento, sem planejamento, competência e estrutura. Precisamos de ajuda!”, clamou nas redes sociais.
ENTENDA – Tudo ocorreu na noite de sexta-feira (20), por volta das 19h (horário de Brasília), equivalente às 5h da manhã no horário local. Equipes de resgate foram acionadas e chegaram à região às 4h30 (horário de Brasília), ou 14h30 no horário da Indonésia.
A família de Juliana descobriu, por meio de pessoas que estavam no local, que a jovem não estava acompanhada por um guia no momento da queda, mas sim sozinha.
Segundo relatos, a jovem teria se queixado de cansaço e, ao receber a orientação para descansar, o guia a teria deixado sozinha no local. Com medo e sem o grupo por perto, Juliana teria caído e despencado de uma altura superior a 300 metros em um trecho íngreme da montanha, numa área de difícil acesso onde, conforme informado pela família, não há possibilidade de resgate por helicóptero.
Juliana foi vista pela última vez por volta das 17h30 (horário local) do sábado (21), em imagens feitas por turistas com o auxílio de um drone. Segundo a família, essas imagens que mostram a jovem caída na trilha são reais.
A trilha que Juliana fazia com um grupo guiado na região estava prevista para durar de 20 a 22 de junho, totalizando três dias e duas noites. Desde fevereiro deste ano, ela está em uma viagem mochilão pela Ásia, tendo passado por países como Filipinas, Tailândia e Vietnã.
Após o acidente, Juliana não conseguiu contatar a família diretamente devido à falta de sinal. As informações chegaram ao Brasil por meio de um grupo de turistas que também realizava a trilha e conseguiu entrar em contato com pessoas próximas à jovem utilizando uma rede social. Eles enviaram mensagens para diversos contatos após encontrarem o perfil dela.
SOBRE JULIANA – Juliana Marins, nascida em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, é formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também se dedica ao pole dance. Desde fevereiro, ela estava em uma viagem de mochilão pela Ásia, tendo visitado países como Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.
Durante a jornada, Juliana compartilhava momentos da viagem nas redes sociais, onde mantinha contato com amigos e seguidores. No entanto, um acidente interrompeu inesperadamente sua trajetória, e agora familiares e amigos acompanham, com angústia, as buscas por informações sobre seu paradeiro e estado de saúde.
São Gonçalo vai mudar: Notícias de São Gonçalo e toda região.
