Paulo Barbosa dos Santos, de 60 anos, estava internado em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar
O frentista que abastecia o carro envolvido em uma explosão durante o abastecimento de Gás Natural Veicular (GNV), em um posto de combustíveis na Praça da Cruz Vermelha, no Centro do Rio, morreu na noite de sábado (7). Paulo Barbosa dos Santos, de 60 anos, estava internado em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar desde a madrugada de sábado. Ele havia perdido um braço e uma mão, além de estar entubado devido à gravidade dos ferimentos.
Paulo é a segunda vítima fatal do acidente. O motorista do veículo, Guaraci Pereira R. Costa, de 64 anos, morreu na manhã de sábado, também no Souza Aguiar.
Em nota, o Sindicato dos Frentistas do Rio de Janeiro (Sinpospetro-RJ) lamentou profundamente a morte do trabalhador. Segundo colegas, Paulo era muito querido por sua energia e alegria. A entidade também afirmou que o trágico acidente poderia ter sido evitado.
“Apesar da gravidade do acidente, o posto permanece funcionando normalmente. Paulo era bastante querido pelos colegas de trabalho devido à sua energia e alegria. A diretoria do Sinpospetro-RJ lamenta o falecimento trágico, que poderia ter sido evitado caso as leis que garantem maior segurança no ambiente de trabalho fossem cumpridas”, declarou o sindicato. A vice-presidente da entidade, Aparecida Evaristo, acompanha o caso de perto. Ainda não há informações sobre o sepultamento de Paulo.
FISCALIZAÇÃO – O Sinpospetro-RJ reforçou que, embora os frentistas sejam treinados de acordo com as normas de segurança e saúde do trabalho, a falta de fiscalização é um fator determinante para acidentes como o ocorrido.
“No município do Rio de Janeiro, a Lei 7.024/2021 proíbe os postos de abastecer veículos com GNV sem o selo de garantia para uso. No entanto, a legislação não define claramente quem é o responsável pela fiscalização. Geralmente, o acidente acontece porque o cilindro está em más condições. O risco é ainda maior quando a instalação é feita em oficinas clandestinas”, afirmou a entidade.