Deputado defende federalização imediata da Lei Vini Júnior, contra racismo nos estádios e arenas esportivas

Deputado defende federalização imediata da Lei Vini Júnior, contra racismo nos estádios e arenas esportivas

Professor Josemar (PSOL) disse que a Lei deve ser expandida para todo o país

O deputado professor Josemar (PSOL) defendeu a urgência na federalização da Lei Vini Júnior, de sua autoria, para combater o racismo nos estádios de futebol e arenas esportivas.

O parlamentar voltou a se manifestar em função do caso do jogador Allano, do Operário-PR, vítima de racismo por parte do jogador Miguelito, durante a partida contra o América-MG neste fim de semana, em Ponta Grossa, no Paraná.

“Temos que expandir a Lei para todo o país. Felizmente vemos que nesse caso o árbitro seguiu os protocolos que a CBF adotou, usando como referência a Lei Vini Júnior que é de nossa autoria aqui no Rio de Janeiro, e que já está para completar um ano”, afirmou professor Josemar.

O protocolo previsto na Lei Vini Júnior prevê um conjunto de medidas de conscientização e chega à intervenção das partidas, como ocorreu nesse fim de semana, caso ocorra algum ato racista.

Segundo o deputado é importante destacar o passo a passo desse protocolo, que inclui a identificação do autor do ato racista, a identificação de multidão e avisos sonoros que explicam o ocorrido e, caso persista a paralisação da partida. No caso desse fim de semana, o jogador Miguelito chegou a ser preso por injúria racial antes de ser liberado.

A Lei Vini Júnior, afirmou, é um instrumento para combater o racismo no esporte. Para Josemar, o esporte é um elemento da cultura de massas e espaço para combater o racismo na sociedade.

Federalização
Professor Josemar é otimista quanto à possibilidade de federalização da Lei Vini Júnior e defende a proposta apresentada no Congresso pelo deputado federal Chico Alencar (PSOL):

“É uma proposta de lei apresentada a nível federal inspirada na nossa. Está inclusive nos anais da justificativa a nossa lei e que ela está avançando para fazer um debate nacional. Nós vamos ter mais autoridade para debater. Debater dentro do Brasil, mas também para debater em competições internacionais, como é o caso da Libertadores”, disse.

“Nós aprovamos a lei diante dos fatos que aconteceram com o Vini Júnior na Europa, ele deu visibilidade internacional, mas aqui no Brasil e em toda parte do mundo os casos se repetem. Temos que estar atentos na denúncia e na criminalização”, ressaltou o deputado.

Quanto às resistências dos setores mais conservadores, ligados ao pensamento de extrema direita que não vê na questão racial uma temática importante, professor Josemar contrapõe com o enfrentamento.

“O racismo é crime e precisa ser tratado como crime. Não é um tema pontual. Não é um tema de minoria. Os negros precisam ser valorizados e respeitados. Temos que botar os racistas na lixeira de onde nunca deviam ter saído”, concluiu o deputado.

São Gonçalo vai mudar: Notícias de São Gonçalo e toda região.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *