Uma criança morre por dia ao tentar cruzar o Mediterrâneo central, diz Unicef

Uma criança morre por dia ao tentar cruzar o Mediterrâneo central, diz Unicef

Estimativa da agência da ONU alerta para violações de direitos e pede reforço nas ações de resgate e proteção aos menores migrantes

Cerca de 3.500 crianças morreram ou desapareceram nos últimos dez anos — o equivalente a uma por dia — enquanto tentavam cruzar o Mediterrâneo central, do norte da África para a Itália, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira (15) pelo Unicef.

A estimativa é baseada na proporção de crianças entre aquelas que chegaram ao solo europeu por essa rota migratória — uma em cada seis — aplicada ao total de 20.800 pessoas que morreram ou desapareceram nos últimos dez anos.

Esse número pode estar subestimado, já que muitos naufrágios passam despercebidos devido à falta de sobreviventes que possam testemunhar.

Além disso, sete em cada dez crianças viajam sozinhas, sem os pais, segundo a agência das Nações Unidas para a infância.

“Muitas crianças que tentam atravessar o Mediterrâneo central estão fugindo da guerra, do conflito, da violência e da pobreza”, destaca o relatório, observando que “mais da metade das crianças e jovens entrevistados relataram ter sofrido violência física, e um terço disse ter sido detido contra sua vontade”.

“Os governos devem proteger os direitos e os interesses prioritários das crianças (…). Os direitos consagrados na Convenção sobre os Direitos da Criança não se limitam às fronteiras ou às costas; acompanham as crianças durante a travessia”, disse Regina De Dominicis, funcionária do Unicef, citada no relatório.

A agência lembra que, embora a adoção do Pacto Europeu de Migração e Asilo, que entrará em vigor em meados de 2026, permita uma melhor gestão da migração, deve ser implementado em total conformidade com as obrigações legais de proteger os interesses prioritários da criança.

O Unicef também pede reforço das operações de busca e resgate no mar, considerando as necessidades específicas das crianças.

Fonte: O Dia

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