Polícia prende mulher que planejou morte de marido e pagou R$ 4 mil a executores

Polícia prende mulher que planejou morte de marido e pagou R$ 4 mil a executores

Maria Cunha Vieira, de 59 anos, chegou a levantar suspeitas sobre outras pessoas para poder não ser atrelada ao assassinato

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) prendeu, nesta quarta-feira (4), Maria Cunha Vieira, de 59 anos, condenada pelo homicídio qualificado do marido, ocorrido há 14 anos. Segundo a Polícia Civil, a viúva planejou o assassinato depois de uma reunião em um bar em Santa Margarida, na Zona Oeste, e pagou R$ 4 mil para que homens executassem Nilton Miguel Vieira.

O crime aconteceu em 13 fevereiro de 2010. Nilton foi morto por dois homens enquanto se dirigia ao trabalho. Maria não compareceu ao local do crime e, quando seus filhos voltaram para casa, notaram seu comportamento estranho, pois ela demonstrou pouco ou nenhum lamento pela morte do companheiro.

De acordo com a Civil, ela estava sentada no sofá, rindo e descontraída. Além disso, Maria não se mostrou interessada em comparecer ao velório, chegando horas depois e permanecendo por pouco tempo. Durante o enterro, houve atraso, pois a mulher teve de ser apanhada em casa por um de seus filhos.

As investigações revelaram que Maria tinha diversos amantes, fato que não era segredo para Nilton. Quando a apuração sobre o caso começou, a mulher tentou desviar as suspeitas para um ex-amante, o acusando de ser o autor do homicídio e fornecendo detalhes falsos sobre a execução do crime.

Essa acusação resultou na prisão injusta do homem, que ficou detido por 30 dias e perdeu seu emprego. No entanto, ele provou que estava em outro município no momento do assassinato.

A investigação descobriu que Maria manteve contato com outros envolvidos no crime, como um amante da época, identificado como Denilson, que teria providenciado os executores: João Cesário da Silva Filho, que já morreu, e Jorge Sabino de Barros.

Em depoimento, Jorge, João e Denilson confessaram sua participação no homicídio e forneceram detalhes sobre o pagamento de R$ 4 mil feitos por Maria ao amante. O valor foi dividido em duas parcelas: R$ 1 mil e R$ 3 mil, que foram distribuídos entre os dois executores.

O sucesso do crime foi comemorado na mesma mesa de bar onde o plano foi combinado. A mulher foi encontrada nesta quarta-feira (4) na residência onde mora com o atual companheiro. O local não foi revelado pela Polícia Civil.

Segundo a Civil, durantes as investigações, Maria tentou ocultar suas ligações com o crime, como um cartão bancário da conta conjunta que tinha com a vítima, que foi utilizado no pagamento dos executores.

A mulher também tentou atrasar o andamento do processo judicial, levantando falsas suspeitas sobre a participação de seus filhos no homicídio. Em um dos momentos, ela registrou uma ocorrência contra um deles alegando que ele também planejava matá-la, assim como havia feito com o pai.

Além disso, Maria recebeu uma indenização trabalhista devida à vítima e continua recebendo pensão pela morte de Nilton, além de manter a posse da casa onde o casal residia.

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