Traficantes Carlos Alberto Marques Toledo, o Fiel da Penha, e Cláudio Henrique da Silva Brandão, o Du Leme, mortos nesta quarta, acumulavam mandados de prisão em aberto por crimes como tráfico, homicídio, organização criminosa e extorsão
O policiamento na região do Complexo da Penha na Zona Norte do Rio estava reforçado na manhã desta quinta-feira (3) um dia após a operação que terminou com 10 mortos e cinco feridos.
No início da manhã, tiros foram disparados na região da Chatuba e Vila Cruzeiro. mas não há relatos de feridos.
Os traficantes Carlos Alberto Marques Toledo, o Fiel da Penha, e Cláudio Henrique da Silva Brandão, o Du Leme, mortos nesta quarta acumulavam mandados de prisão em aberto por crimes como tráfico e homicídio, além de serem réus por organização criminosa e extorsão.
Eles eram apontados por pertencerem ao grupo criminoso comandado por Thiago do Nascimento Mendes, o Belão, que extorque dinheiro de moradores na Comunidade do Quitungo, em Brás de Pina, Nona Norte do Rio.
Ambos viraram réus pelo crime de organização criminosa no dia 21 de junho deste ano após a Justiça do Rio aceitar uma denúncia do Ministério Público do Estado(MPRJ) contra eles.
Segundo o órgão, a dupla e outras 29 pessoas integravam uma organização que tinha como objetivo obter vantagens econômicas indevidas, através do tráfico de drogas, roubos, agressões e extorsões na região do Quitungo e Guaporé, em Brás de Pina.
O MPRJ ainda apontou que Du Leme seria um dos responsáveis por uma invasão a um conjunto de imóveis, no dia 14 de novembro de 2022, no Quitungo, expulsando moradores.
Na ocasião, o criminoso, junto com outros traficantes do Comando Vermelho (CV), ameaçou os moradores usando armas para que eles dessem o valor do aluguel, que era menos de R$ 500, diretamente à Associação de Moradores da comunidade, onde o grupo tinha domínio.
A pessoa que não quisesse continuar morando no local deveria entregar a chave da residência na boca de fumo do morro e não mais ao real proprietário.
Por conta disso, o juiz Juarez Costa de Andrade expediu um mandado de prisão preventiva para ambos. Na época, o magistrado entendeu que havia indícios suficientes de que a dupla trabalhava para o grupo comandado por Belão, criminoso apontado como o líder do CV no Quitungo.
Fiel da Penha ainda acumulava outros cinco mandados de prisão em aberto. O primeiro do ano de 2019.
A organização criminosa responsável por extorsões a moradores, a qual ambos faziam parte, foi alvo de uma operação da Polícia Civil no início de julho. Oito suspeitos foram presos e dois adolescentes apreendidos na ação.
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