Polícias Civis do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul renovam parceria em programa que aproxima jovens das instituições

Polícias Civis do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul renovam parceria em programa que aproxima jovens das instituições

Juntas, as duas polícias já alcançaram cerca de 1,5 milhão de pessoas por meio do Papo de Responsa

A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio de Janeiro assinou, nesta sexta-feira (08/11), o termo de cooperação técnica referente ao programa Papo de Responsa com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul. A solenidade, realizada na Cidade da Polícia, Zona Norte do Rio, marca a renovação da parceria, que teve início em 2016.

Criado há 21 anos pela Polícia Civil fluminense, o programa Papo de Responsa ajuda a aproximar jovens da instituição. Agentes vão a escolas para conversar sobre diversos temas, como violência, os riscos do uso de drogas, bullying e cyberbullying. Até hoje, cerca de 1 milhão de pessoas já foram alcançadas pelo programa no estado.

“Essa é uma iniciativa que ensina o jovem a olhar para frente, que ir atrás do sonho não é impossível. É uma das pérolas da Polícia Civil. Parabenizo toda a equipe do Papo de Responsa, pois vocês mostram a esses jovens que é possível e que somos pessoas tão sensíveis quanto eles”, disse o subsecretário de Planejamento e Integração Operacional (SSPIO) da Sepol, delegado Carlos Oliveira.

Os temas abordados nos encontros são sempre selecionados a partir das características e necessidades do corpo discente de cada escola. O objetivo é aumentar o contato com as comunidades e discutir temas relevantes para buscar, assim, mudar efetivamente a realidade desses adolescentes.

“O Papo de Responsa tem uma metodologia. Antes de chegar nos estudantes, há uma série de etapas. Então, quando é o momento da conversa, nossa equipe já sabe o que falar, quais são os problemas daquele grupo. O Papo vai no coração deles, buscando reflexão crítica e transformando a realidade dos jovens. Polícia judiciária é muito mais do que investigação e operação, é busca pela paz e pela cidadania. É garantia dos direitos humanos”, afirmou a diretora da Academia Estadual de Polícia Sylvio Terra (Acadepol), delegada Valéria Aragão. 

O coordenador do Papo de Responsa, inspetor Beto Chaves, destacou que o programa atinge adolescentes de diferentes classes sociais, sempre estimulando o debate. “Visitamos escolas em que as crianças vão para se alimentar e outras em que os pais pagam mensalidades de R$ 10 mil. Independentemente da realidade, há sempre oportunidade para nos aproximarmos. Como Polícia Civil, nós vamos continuar combatendo e investigando, mas também atuaremos em uma área que ainda tem pouca visibilidade, que é a da prevenção”, comentou o coordenador do Papo de Responsa, o inspetor Beto Chaves.

O termo de cooperação técnica garante a continuidade do compartilhamento da metodologia do Papo de Responsa entre as Polícias Civis do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. Além disso, a Sepol atua na formação de novos multiplicadores do programa, aplicando a pedagogia criada e desenvolvida aqui no Rio.

“O que é bom, a gente quer trazer para nós”, declarou o chefe da Polícia Civil gaúcha, delegado Fernando Antônio Sodré de Oliveira. “Vemos esse trabalho sendo feito no Rio Grande do Sul desde 2016 e queremos continuar. Reafirmar o Papo de Responsa é motivo de orgulho, e uma oportunidade que não poderíamos deixar passar.”

Ao longo dos oito anos de parceria, cerca de 200 multiplicadores foram capacitados no Sul pelos agentes fluminenses. Como resultado disso, o Papo de Responsa chegou a mais de 450 mil pessoas por lá.

“A polícia tem que ser firme, mas também é preciso ter esse viés da prevenção. O Papo conquistou o Rio Grande do Sul pela profundidade. É uma ferramenta que tem que ser aliada das nossas operações”, explicou a diretora da Divisão de Comunicação Social e Relação Institucional e da Divisão de Prevenção, Mediação e Justiça Restaurativa da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, delegada Eliana Parahyba Lopes. “É um momento de reflexão em que a gente mostra para a gurizada que eles podem ser protagonistas da própria vida. Nós damos um referencial para eles se inspirarem. Como policiais, somos agentes da transformação”.

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