O parlamentar divulgou em suas redes sociais que pediu informações dos professores responsáveis pelo grupo de pesquisa que organizou o evento
O presidente da Comissão de Educação na Câmara, deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta sexta-feira (18), para investigar uma apresentação na Universidade Federal do Maranhão, onde uma cantora mostrou os glúteos.
A solicitação decorre de uma performance considerada erótica durante o I Encontro de Gênero do Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política (Gaep) da UFMA.
A historiadora e cantora Tertuliana Lustosa, que é travesti, dançou em cima de uma mesa, levantando o vestido e cantando letras obscenas. Nikolas divulgou em suas redes sociais que pediu informações dos professores responsáveis pelo grupo de pesquisa que organizou o evento.
“Se as investigações mostrarem ciência e leniência em relação ao fato, pedirei a exoneração de todos”, afirmou o parlamentar, acrescentando que também protocolará uma indicação ao Procurador-Geral de Justiça para sugerir a abertura de uma investigação sobre possíveis crimes.
Os organizadores do evento, que teve como tema “Gênero para além das fronteiras: tendências contemporâneas na América Latina e no Sul Global”, afirmaram que o objetivo era reunir representantes de diversas vertentes acadêmicas para discutir gênero e suas interseccionalidades.
Eles destacaram que o encontro buscava fortalecer trocas acadêmicas e refletir a diversidade de experiências de vida dos pesquisadores do grupo.
O incidente gerou críticas de várias personalidades. A cantora e pastora Ana Paula Valadão descreveu a apresentação como “chocante”. Filipe Duque Estrada, conhecido como pastor Lipão, da igreja Onda Dura, também se manifestou, dizendo: “O Brasil precisa de uma transformação cultural. Enquanto o povo aplaudir isso, é evidente que elegerão corruptos e imorais.”
Um internauta comentou: “Enquanto ela é aplaudida, em Pernambuco o Ministério Público recebe denúncias porque alguns alunos estavam fazendo cultos cristãos nos intervalos. O certo é o errado e o errado é o certo nesse desgoverno”.
Nota da UFMA
Em uma nota oficial publicada em seu site, a UFMA classificou a performance como “inapropriada”. A instituição afirmou que está averiguando o ocorrido, prometendo tomar as providências cabíveis após ouvir todas as partes envolvidas.
A universidade reafirmou ainda o compromisso com um ambiente acadêmico inclusivo, respeitoso e transparente. Além disso, destacou que busca contribuir para uma sociedade mais justa e plural, defendendo o ensino público, gratuito e de qualidade.
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