Flamengo de Filipe Luís vence Bahia e mantém tabu de Ceni, chamado de burro

Flamengo de Filipe Luís vence Bahia e mantém tabu de Ceni, chamado de burro

O Flamengo venceu o Bahia, por 2 a 0, pela 29ª rodada do Brasileirão, e segue bem sob o comando do técnico Filipe Luís. Dois jogos, duas vitórias. A vitória na Arena Fonte Nova, em Salvador, na noite deste sábado (5), manteve o time no G4, com 51 pontos, a nove do líder Botafogo, com um jogo a menos.

Pelo segundo jogo consecutivo, o Fla teve um jogador da posição balançando as redes. Antes, Alex Sandro. Agora, Ayrton Lucas aproveitando rebote e depois o Rubro Negro voltou a marcar com Alcaraz, de pênalti, o primeiro gol dele pelo Flamengo.

São duas vitórias consecutivas do Flamengo desde a demissão de Tite. Mas o Flamengo ainda precisa melhorar a pontaria para vencer com mais folga.

O placar mantém o tabu negativo de Rogério Ceni, técnico do Bahia: ele nunca venceu o Flamengo como treinador. São 15 jogos e 15 derrotas. Foi chamado de burro e tudo.

O Bahia terminou em jogo na sétima posição, com 45 pontos. Na próxima rodada, já depois da data Fifa, o Flamengo tem o clássico contra o Fluminense, no Maracanã, dia 17, às 20h. O Bahia, por sua vez, enfrenta o Cruzeiro, dia 18, no Mineirão, às 21h30.

O Flamengo de Filipe Luís quer a bola. E mais uma vez mostrou uma dinâmica interessante de construção de jogo. Léo Ortiz, Gerson e Pulgar têm muita responsabilidade nisso.

Sem a bola, pressão alta, para recuperar logo. Isso encurralou o Bahia durante a maior parte do primeiro tempo. Em resumo, é um time que tem sabido controlar o jogo. Mesmo no início de trabalho.

No começo, os dois times ainda estavam se encaixando. Foi quando uma chance de gol absurda para cada lado foi desperdiçada. De um lado, Gabigol, cara a cara com Marcos Felipe, após ótimo passe de Gerson. Do outro, Thaciano, muito livre na área após cruzamento rebatido por Wesley, mandou pelos ares uma cabeçada que parecia simples.

Ah, Gabigol, inclusive, está com certa dificuldade de evitar impedimentos.

Mas foi o fim do equilíbrio. Porque depois só deu Flamengo. O Bahia teve uma saída de bola muito lenta e não conseguiu engatilhar jogadas pelas pontas. É o preço de atuar com tanta gente com característica de toque-toque no meio-campo.

A coincidência chama atenção. Dois jogos, dois gols de jogadores da posição na qual atuava o treinador.

A série artilheira dos laterais-esquerdos do Flamengo não se trata de um puxa-saquismo de Filipe Luís. Mas a consequência da dinâmica do time. Muita gente pisando na área, depois de uma subida pela direita. Resultado? O rebote do chute de Bruno Henrique sobrou para Ayrton Lucas quase em cima da linha, aos 34 minutos do primeiro tempo.

Ayrton Lucas, inclusive, só atuou porque Alex Sandro sentiu desconforto muscular e nem viajou. Depois do jogo passado, Filipe Luís tinha dito que, na escalação, “é só fechar o olho e escolher um” deles.

A torcida do Bahia estava impaciente com a falta de velocidade das saídas do time. Queria logo a entrada de Ademir. Mas quando Rogério Ceni chamou Rafael Ratão e Luciano Rodríguez, a torcida gritou: “Burro, burro”. Ademir entraria minutos depois, aos 21 do segundo tempo.

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