Em meio a um cenário de intensas hostilidades, o Irã lançou um ataque contra Israel em 1º de outubro de 2024, agravando ainda mais a já instável situação na região. O ataque ocorreu em meio à guerra entre o Exército israelense e o Hezbollah, grupo paramilitar libanês apoiado pelo governo iraniano.
A ofensiva iraniana foi deflagrada um dia após o início de uma “operação terrestre limitada” de Israel no Líbano, onde o país vinha intensificando bombardeios contra alvos do Hezbollah. Em 23 de setembro, Israel enfrentou seu dia mais letal desde a guerra de 2006, com mais de 500 mortos. Os alvos incluíam não apenas combatentes do Hezbollah, mas também sua infraestrutura militar, aumentando o temor de uma escalada ainda maior do conflito.
Diversas regiões do Líbano foram atingidas pelos ataques israelenses, incluindo a capital, Beirute, o que forçou milhares de civis a fugirem, especialmente no sul do país. A morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, em um ataque aéreo israelense, elevou as tensões e pode intensificar as retaliações.
As hostilidades entre Hezbollah e Israel foram desencadeadas após a guerra na Faixa de Gaza, provocada pelo ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. O Hezbollah, aliado do Hamas, intensificou suas ações, gerando um ciclo de represálias. No norte de Israel, a população próxima à fronteira com o Líbano foi obrigada a se deslocar devido aos bombardeios. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reafirmou o compromisso de garantir o retorno seguro desses cidadãos, estabelecendo essa meta como um objetivo de guerra desde 17 de setembro.
A situação se agravou com a morte de dois adolescentes brasileiros durante os ataques, levando o Itamaraty a condenar o conflito e pedir o fim das hostilidades. Em resposta, o governo brasileiro anunciou uma operação de repatriação de seus cidadãos no Líbano, buscando assegurar sua segurança em meio ao crescente caos.
Com a escalada do conflito, as esperanças de paz se tornam cada vez mais remotas, deixando a população civil em uma situação de extrema vulnerabilidade.