Início da ampliação da via depende de aval de ministros do Tribunal de Contas da União
O Ministério dos Transportes deu a previsão para o início das obras que vão terminar com um dos maiores gargalos do estado do Rio de Janeiro. O Trevo de Manilha, entroncamento das rodovias BR-101, BR-493 e RJ-104, que fica entre São Gonçalo e Itaboraí deve começar a ser reformulado até o final de 2024.
A data foi dada por Viviane Esse, secretária nacional de Transportes Rodoviários do Ministérios dos Transportes, ao ser questionada pelo deputado federal Hugo Leal durante audiência pública realizada pela Comissão de Viação e Transportes na Câmara dos Deputados.
O parlamentar lembrou que um Trevo de Manilha devidamente planejado e executado beneficiará não apenas quem passa pelas vias, mas também a produção local, que abrange o polo Gaslub.
“Finalmente temos ao menos uma previsão para o reinício das obras no Trevo de Manilha. Essa é uma demanda em que temos cobrado das autoridades uma solução desde que as obras foram interrompidas, pois é um dos maiores pontos de engarrafamento do estado do Rio de Janeiro”, disse Hugo.
Ele falou dos benefícios. “Não só para quem já usa as rodovias, mas também futuros investidores do nosso do setor de gás, pois essa via está diretamente ligada à produção do polo Gaslub. Isso significa mais produtividade e mais produtividade sempre gera mais empregos. Vamos continuar fiscalizando o andamento desse processo para que de fato a obra saia do papel ainda em 2024”, ressaltou Leal.
Segundo Viviane Esse, após muitas negociações, houve um acordo entre Agência Nacional de Transportes Terrestres, o setor técnico do TCU e as concessionárias Arteris (holding da Autopista Fluminense) e Eco Rio Minas. A última etapa antes da retomada das obras é os ministros do TCU aprovarem o documento de consenso entre as partes.
O projeto total conta com um investimento de cerca de R$ 7 bilhões e não é apenas uma reforma do Trevo de Manilha, mas também uma reestruturação técnica do entorno. A secretária nacional de Transportes Rodoviários destacou que o Ministério dos Transportes ampliou o projeto original após o deputado Hugo Leal sinalizar ao órgão que o planejamento inicial não atenderia todas as
demandas da região e sua previsão de crescimento. O aviso foi dado durante uma reunião em 2023, que contou com a presença de representantes do ministério, o próprio ministro dos Transportes, Renan Filho, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, secretários de Estado e deputados federais.
A obra de ampliação da rodovia tinha sido iniciada em 2019, mas foi interrompida um ano depois por causa da pandemia. Logo após, a concessionária Arteris alegou que a continuidade da reforma tinha sido retirada do contrato de concessão. Desde então, quem trafega pela Niterói-Manilha convive com um canteiro de obras abandonado ao lado dos dois sentidos da rodovia, que acaba contribuindo ainda mais com os constantes engarrafamentos.