Um dos sequestradores morreu e 4 pessoas foram presas em flagrante. João Felipe da Silva Rodrigues Oliveira foi transferido para presídio de segurança máxima do Complexo de Gericinó.
Uma operação em andamento no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangú, no Rio de Janeiro, prendeu bandidos envolvidos, que coordenaram de dentro da penitenciária, um sequestro de uma médica no Pará. A ação constatou que um detento que foi preso em São Gonçalo foi um dos cabeças do esquema.
João Felipe da Silva Rodrigues Oliveira, mais conhecido pela Justiça paraense, como Spike fugiu para o Rio de Janeiro, e encontrou abrigo no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. Junto com ele, outras quatro pessoas envolvidas no sequestro, presas no último domingo (23/6), também tiveram as prisões preventivas decretadas. Todos ainda vão passar por audiência de custódia no Pará.
Após um trabalho de inteligência, ele foi localizado por policiais paraenses e fluminenses, em abril deste ano, na Praia de Itaipu, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. Ao ser preso foi levado para a Penitenciária Muniz Sodré.
João Felipe da Silva Rodrigues Oliveira, o Spike, é descrito pela polícia do Pará como um homem que idealiza missões criminosas para angariar fundos que vão abastecer o Comando Vermelho (CV) no Norte do País.
Entenda – Spike coordenou, de dentro da cadeia, o sequestro de uma médica quando saía de um show. O namorado da vítima recebeu um telefonema pedindo resgate e chamou a polícia.
As investigações levaram os policiais até o cativeiro na cidade de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. Segundo os agentes, os criminosos escolheram a vítima de forma aleatória.
Com a ajuda da Polícia Civil do Rio, a polícia paraense conseguiu libertar a médica. Quando os policiais chegaram ao local, um dos sequestradores trocou tiros com os agentes, foi baleado e morreu.
Além dele, dois homens e duas mulheres, que também tomavam conta do cativeiro, foram presos em flagrante.
Spike é chefe de uma quadrilha de sequestradores do Pará. O criminoso estava escondido no Rio e foi preso em abril deste ano.
Nesta segunda-feira, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro deflagrou uma operação na Penitenciária Muniz Sodré e apreendeu 16 celulares na cela que era ocupada por Spike.
A Seap informou ainda que o detento foi transferido para a Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino (Bangu 1), de segurança máxima, e que a corregedoria da secretaria abriu uma sindicância para apurar o caso.
Em nota, a Seap informou que tem intensificado o combate à entrada de aparelhos celulares nas unidades prisionais e tem identificado e bloqueado os sinais dos telefones através do uso de aparato tecnológico de inteligência.
O caso é investigado pela delegacia de Repressão a Roubos a Bancos e Antissequestro.
Presos em Itaipu
Em abril deste ano, policiais civis do Rio e do Pará haviam prendido dois traficantes que fugiram do Norte do país e se esconderam no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. João Felipe da Silva Rodrigues Oliveira e Gabriel Vitor Macedo Teixeira estavam na praia de Itaipu, em Niterói, quando foram capturados pelos agentes.
De acordo com o delegado Túlio Pelosi, eles faziam parte da chefia intelectual e reforçavam o tráfico do Salgueiro. As investigações apontam que eles estavam sob ordens do traficante Rabicó, que é chefe da comunidade.
“Já estávamos monitorando eles há dois meses e verificamos que eles estavam desarmados na praia, o que oferecia baixo risco para a população em uma prisão. Eles respondem por homicídios, tráfico de drogas nacional e internacional e representam uma perda grande para a facção”, explicou o delegado na época.
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