A Marcha da Maconha de Niterói, realizada neste sábado (25) no Centro da cidade, teve pouca adesão e atraso na saída. Quase uma hora após a hora programada para o início da marcha, o grupo permanecia na concentração, ao lado do Terminal Rodoviário Presidente João Goulart.
A concentração estava prevista para 14h20, com saída programada às 16h20. No entanto, às 16h45, o grupo permanecia no local de encontro. Havia pouco menos de 100 pessoas, acompanhadas pela Guarda Municipal da cidade.
A pauta do movimento este ano está atrelada às enchentes do Rio Grande do Sul. Para os organizadores do evento, a tragédia climática está interligada às políticas de combate às drogas.
Além disso, os organizadores apontam que a falta de condições de vida digna nas periferias e favelas brasileiras naturaliza esses territórios como palco de uma “guerra particular que ocorre todos os dias”. Defendem ainda a adoção da cannabis medicinal pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Todavia, o movimento acontece em meio a discussão, no Congresso Nacional, de uma Proposta de Emenda a Constituição (PEC) que enquadra como crime a posse ou porte de qualquer quantidade de droga ou entorpecente “sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar”.
O autor da proposta se trata do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Em abril, senadores aprovaram em primeira e segunda discussão o texto, por 52 votos a 9, na última deliberação. Atualmente, o projeto aguarda apreciação na Câmara dos Deputados.
Foto: Vitor d’Avila
Fonte: Folha do Leste