Manhã de conscientização, serviços e assistência aos gonçalenses

Manhã de conscientização, serviços e assistência aos gonçalenses

Município promove ação em alusão ao Dia da Luta Antimanicomial  

A manhã e início de tarde desta sexta-feira (17) foi diferente na Praça Estephânia de Carvalho, no Zé Garoto. A Coordenação de Saúde Mental da Secretaria de Saúde da Prefeitura de São Gonçalo realizou o evento “São Gonçalo na Luta Antimanicomial: nenhum passo atrás!” com apresentações e serviços de saúde, assistência e beleza para os usuários e população em geral. 

A ação é em alusão ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, lembrado neste sábado: 18 de maio. Na abertura, o subsecretário de Atenção Especializada, Vinícius Quintam, destacou o marco para a saúde mental da cidade, que foi o fechamento da Clínica Nossa Senhora das Vitórias.

“Estamos comemorando o mês da saúde mental, mas mais que isso a vitória para a nossa cidade com o fechamento da Clínica Nossa Senhora das Vitórias”, disse o subsecretário. 

Gabriel Mello, subsecretário de Atenção Básica, acrescentou que a comemoração é um momento ímpar.

“A saúde está avançando em São Gonçalo. Hoje, temos equipe multidisciplinar que trabalha intensamente para melhorar toda a saúde. É uma parceria que vem de cima, dos nossos líderes: o secretário de saúde Dr. Gleison Rocha e do prefeito Capitão Nelson. E tudo que vocês estão vendo é reflexo de muito trabalho. Podem continuar contando com a nossa atenção. Juntos vamos construir um São Gonçalo cada vez melhor”. 

Apesar do último manicômio da cidade ter sido fechado, a coordenadora da Saúde Mental, Elaine de Souza Xavier Dias, lembrou da luta diária em todos os lugares para o bem-estar das pessoas com transtornos mentais e da luta para não dar passos para trás, lembrando que as pessoas têm direito ao tratamento em liberdade, com o convívio da família e tendo os seu direitos respeitados e garantidos.    

“O manicômio físico fechou, mas enfrentamos o manicômio todos os dias. Ele pode acontecer nos Caps, na rua, nas famílias, na rede, em qualquer lugar. Atitudes manicomiais são aquelas que cerceiam os direitos das pessoas com transtornos psiquiátricos, carregadas de estigmas, de preconceito, de capacitismo”. 

A comemoração contou com apresentações dos usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), oficinas e serviços. A dona de casa Marilene Gerônimo de Araújo, 43, estava com a filha Ana Carolina de Araújo de Souza Lírio, de 11 anos, usuária do Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (Capsi) Zé Garoto no evento. 

“Estou achando bem legal. Ela já foi ao dentista e perdeu o medo. Ela não ia ao dentista há sete anos. Também já tomou a vacina da gripe. Eu aferi a pressão, glicose, fiz testes rápidos. Fiz tudo. Só não vamos na manicure porque ela não quer. Estou adorando e aproveitando”.

Marcos Assis da Silva Silveira, garçom de 59 anos, estava com a filha Ester da Silva Silveira, de 11 anos, na praça. “O evento está maravilhoso, bom e produtivo. A Prefeitura mostra que está empenhada em ajudar os autistas. Estão de parabéns”, opinou o garçom, que ia levar a filha – também usuária do Capsi Zé Garoto – ao Odontomóvel e aproveitar os serviços oferecidos. 

A programação contou com o projeto Cidadania Itinerante, da Secretaria de Assistência Social, que levou orientações dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), isenção para certidões e orientação sobre os programas sociais do governo. Também houve a participação do Instituto Abraço do Tigre e Projeto Somar, que ofereceram serviços de barbeiro, manicure e podólogo. 

O Movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela substituição dos hospitais psiquiátricos pela criação dos Caps e residências terapêuticas em todo o país. Os Caps são espaços para o acolhimento de pacientes com transtornos mentais em tratamento não-hospitalar. E as RTs são casas para aqueles que passaram por longas internações e que não tiveram condições de voltar para as suas famílias. 

“Não há mais manicômios na nossa cidade. Hoje, as pessoas que têm transtornos psiquiátricos estão em 19 RTs. Essas residências contam com a supervisão de cuidadores durante 24 horas, coordenador e acompanhante terapêutico para que os moradores possam ter uma vida saudável em sociedade, realizando os seus tratamentos em liberdade”, explicou o secretário de Saúde e Defesa Civil de São Gonçalo, Dr. Gleison Rocha. 

Fotos: Fabio Guimarães

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