“Como vereador tenho que ouvir meu eleitorado”, se defende vereador de Maricá sobre ameaça da promotora de Justiça

“Como vereador tenho que ouvir meu eleitorado”, se defende vereador de Maricá sobre ameaça da promotora de Justiça

Sobre a Ação Civil Pública (ACP) da Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Maricá por intolerância religiosa e por divulgar vídeo nas redes sociais contendo mensagem que difunde medo e ódio às religiões de matrizes africanas o vereador ajuizado, Ricardo Magalhães Garcia Gutierrez, conhecido como Ricardinho Netuno, se defendeu na manhã desta quarta-feira (15/5) e disse para a equipe de reportagem do Site SG Vai Mudar que está dentro da lei e que não fez nada, além de pedir a opinião do meu público sobre o vídeo em questão a fim de trazer à tona um importante debate.

“A Constituição Federal, em seu artigo 19 dispõe claramente que: É vedado a União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-las, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes, relações de dependência ou aliança, ressalvada na forma da lei, a colaboração de interesse público; Deste modo, na condição de vereador, tenho a obrigação de levantar o debate sobre o que está acontecendo na educação e também na cultura de Maricá”, afirmou o parlamentar.

Segundo ele, seu gabinete recebe diversas evidências e relatos de pais e alunos de que seus filhos foram obrigados a participar de cultos religiosos nas escolas públicas municipais e em oficinas da Secretaria de Cultura de Maricá.

“Junto a esses relatos, circulava um vídeo nas redes sociais que retratava estes fatos. O que eu fiz não foi nada além de pedir a opinião do meu público sobre o vídeo em questão, a fim de trazer à tona este debate que é tão importante”, disse Netuno.

Sobre a ACP do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) que requer em tutela de urgência que ele seja obrigado a retirar o vídeo das suas redes sociais e a se retratar publicamente, Ricadinho partiu para o ataque contra a com a promotora de Justiça Marcela do Amaral.

“É o juiz que vai julgar. A promotora está acusando e já me condenando. Quem é ela para mandar tirar o vídeo? Vamos aos tribunais e ouvir um juiz. Ele é o único com esse poder. Essa atitude é arbitrária e representa o que estamos vivendo hoje no Brasil. Vem me falar de racismo estrutural, o que o vídeo tem com isso?”, finalizou Netuno.

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