Pelo menos 20 militares, entre oficiais, sargentos, cabos e soldados, serão responsabilizados na esfera administrativa pelo roubo de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri. Todos eles receberam formulários de apuração de transgressão para usarem em suas defesas.
Em coletiva de imprensa neste domingo (22), o general de brigada Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste, explicou que todos eles responderão por terem sido negligentes, mas que não necessariamente participaram do crime. A penalidade para a transgressão nessa esfera pode ser de até 30 dias de prisão disciplinar.
— Eles contribuíram para o crime por terem sido negligentes, mas não necessariamente cometeram crime — afirmou Gama.
Segundo o general, trata-se do maior roubo de armas da história do Exército e o crime certamente aconteceu com a participação dos militares. O órgão já sabe quantos militares participaram efetivamente do crime, mas a informação está sob sigilo.
— Nossos processos de controle são eficazes. Um episódios desses nunca ocorreria sem a participação dos militares. Queremos entender também, com o processo administrativo, quem deixou de fazer alguma coisa na gerência, controle e fiscalização dessas armas. Serão punidos ou por ação ou por inação — afirmou Gama.
A apuração administrativa é independente do Inquérito Policial Militar (IPM), de responsabilidade do Exército, em parceria com as forças de segurança de estados. Segundo Gama, sua conclusão costuma ser mais rápida do que a investigação do IPM, cujo prazo é de 40 dias, podendo ser prorrogado por mais 20.