O ato de fumar é um fator determinante em 90% de todos os casos de câncer de pulmão em nível global, ampliando o risco de contrair essa doença em aproximadamente 20 vezes. No contexto brasileiro, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, entre 2023 e 2025, cerca de 32.300 novos casos desse câncer serão diagnosticados anualmente. Apesar de não serem números surpreendentes, os tumores pulmonares ainda figuram no topo da lista das doenças oncológicas que mais ceifam vidas a cada ano, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Dra. Mariana Laloni, oncologista do Grupo Oncoclínicas, ressalta que a maioria dos pacientes diagnosticados com câncer de pulmão apresenta sintomas relacionados ao sistema respiratório, tais como tosse persistente, dificuldade para respirar e dor no peito. Além disso, podem surgir sintomas inespecíficos, como perda de peso e fraqueza. Em cerca de 15% dos casos, o câncer é identificado de forma incidental durante exames médicos de rotina. Portanto, estar atento aos primeiros sinais desempenha um papel fundamental no diagnóstico precoce da doença, o que, por sua vez, contribui significativamente para o sucesso do tratamento.
No estado do Rio de Janeiro, o INCA estima que três mil novos casos desse tipo de câncer surgirão somente este ano. A Dra. Bruna Carvalho, oncologista da Oncoclínicas Rio de Janeiro e do Hospital Marcos Moraes, enfatiza que o diagnóstico precoce pode ser alcançado por meio de exames de triagem, como a tomografia de baixa radiação. Esse procedimento é recomendado para rastrear pacientes assintomáticos que se enquadram em grupos de risco, como aqueles com idade a partir dos 55 anos e histórico de tabagismo, ou que tenham cessado o hábito de fumar há pelo menos 15 anos.
REDAÇÃO
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