Deputadas federais do Psol e do PT participaram do evento Julho das Pretas em Niterói (RJ)
As deputadas federais Talíria Petrone (Psol/RJ) e Benedita da Silva (PT/RJ) se reuniram, na última quinta-feira (18), para o evento Julho das Pretas na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói.
Antes de falar sobre a importância das mulheres negras ocuparem espaços políticos no país e da luta antirracista, Benedita da Silva cantou “Alguém me avisou”, de Dona Ivone Lara.
“Quando cantei ‘eu vim de lá pequenininha’ é porque as nossas histórias se completam. Talíria coloca a questão da negritude. Esse mês várias manifestações estão sendo feitas, mas a gente está no momento eleitoral também. É bom que a gente diga isso porque o processo de alienação eleitoral nesse país foi muito grande e ainda estamos nesses ares contaminados. Ainda vemos muita gente entre nós dizer que não gosta de política, mas quem não gosta é governado por quem gosta. E a gente precisa começar a pensar no futuro. E não se cria futuro se você não cria presente”, afirmou a petista.
Durante seu discurso, Benedita da Silva também lembrou da importância da trajetória política de Talíria Petrone, que é pré-candidata à Prefeitura de Niterói.
“Talíria, minha companheira de sempre, foi líder da sua bancada e demonstrou ter muita garra. Ela fez o seu caminho e é a primeira vice-presidente da bancada negra do Congresso Nacional.Talíria está firme na luta. Vamos em frente”, disse a deputada Benedita da Silva que também brincou com a niteroiense.
“A bancada Benedita está firme e forte! Está pensando que a bancada é do PSOL, é do PT? É a bancada da Benedita”.
Realizado pelo Movimento Algo A+, o encontro — com mediação de Bianca Valles — também contou com a participação de Flavia Rios, diretora do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia da UFF. “Mulheres Negras Construindo um Novo Mundo” foi tema do debate.
“É uma honra estar com nossa referência Benedita da Silva no nosso país Niterói. Ela nos inspira, abre caminho todos os dias para tantas de nós. O Congresso Nacional é ainda um lugar muito hostil para nós mulheres negras. E a forma de sobreviver no Congresso Nacional foi e tem sido a partir da nossa comunhão e organização enquanto mulheres negras e agora com uma bancada negra, que é um marco histórico da democracia brasileira”, garantiu a deputada Talíria Petrone.
O Julho das Pretas — criado em 2013 na Bahia — é a maior agenda conjunta e propositiva de incidência política de organizações e movimento de mulheres negras do Brasil.
