Vítima levou coronhada na cabeça e golpes com pedaço de madeira
Um homem foi preso por agredir e tentar matar a ex-companheira em São Gonçalo, na quinta-feira (20). Segundo as investigações, o agressor ameaçou a vítima com uma arma e chegou a fazer disparos contra ela, mas não acertou. Em outro momento, ele golpeou a mulher com uma coronhada na cabeça e a atingiu com um pedaço de madeira.
O suspeito foi contido por vizinhos, que acionaram a polícia. Agentes da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) o localizaram no centro da cidade e o conduziram à unidade especializada, onde o caso foi registrado como tentativa de feminicídio. O homem, que não teve o nome divulgado, está detido e à disposição da Justiça.
DADOS – O que aconteceu em São Gonçalo faz parte do país inteiro. A 19ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho deste ano, mostra que o Brasil teve 1.492 vítimas de feminicídio em 2024, o maior número já registrado desde 2015, quando a legislação que tipifica o crime entrou em vigor.
No recorte do estado do Rio de Janeiro, os dados também revelam um cenário preocupante. Foram 107 feminicídios em 2024, contra 99 no ano anterior, um aumento de 8%. Esse número representa 7,2% de todos os feminicídios ocorridos no país no ano passado.
As tentativas de homicídios de mulheres também cresceram. Em 2024 foram contabilizadas 4.696 casos no estado, ante 3.742 em 2023, aumento de 25,4%. Dessas, 4.025 foram classificadas como tentativas de feminicídio.
No cenário geral, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública aponta que a maioria das vítimas de feminicídio no Brasil é composta por mulheres negras (63,6%) e jovens entre 18 e 44 anos, que representam 70,5% dos casos. Em grande parte, os crimes ocorrem dentro da própria casa da vítima (64,3%) e são cometidos por companheiros ou ex-companheiros (79,8%). As armas mais utilizadas nesses assassinatos são armas brancas, como facas (48,4%), seguidas por armas de fogo (23,6%).
Fonte O Dia
