Juliana Marins morreu por traumas causados em queda, confirma laudo da Polícia Civil

Juliana Marins morreu por traumas causados em queda, confirma laudo da Polícia Civil

Autópsia, no entanto, não precisou quanto tempo ela sobreviveu após acidente

A Polícia Civil do Rio confirmou que Juliana Marins, publicitária de Niterói, morreu devido a diversos traumas sofridos em queda na trilha que fazia pelo Monte Rinjani, na Ilha de Lombok, na Indonésia, no dia 21 de junho. A informação foi publicada pelo portal “g1”. 

O laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML), divulgado nesta terça-feira (8) a partir de exame cadavérico, cita hemorragia interna causada por lesões poliviscerais e politraumatismo “compatíveis com impacto de alta energia cinética”. Procurada, a Polícia Civil informou que concluiu o laudo da necropsia e anexou o documento ao processo, que está sob sigilo.

A causa já tinha sido apontada em autópsia realizada por um médico-legista no país asiático. Já em relação ao tempo em que Juliana, de 26 anos, permaneceu viva, o profissional falou em 20 minutos após os traumas, mas não soube identificar se foi a primeira queda ou uma outra a responsável pelos ferimentos que provocaram o óbito.

O documento da Polícia Civil também estimou uma sobrevida de minutos, mas não precisou o período que a niteroiense ainda resistiu depois do impacto fatal. As condições nas quais o corpo chegou ao IML, embalsamado, teriam impedido uma definição mais certeira.

Depois de chegar ao Rio na noite de 1º de julho, o corpo de Juliana passou pela segunda autópsia na manhã seguinte. Já no dia 4, ela foi sepultada embora a família pensasse inicialmente em cremá-la.

Na ocasião, os parentes explicaram que a mudança de planos se deu devido à morte “suspeita” e à possibilidade de exumação para novos exames.

No dia do sepultamento, Manoel Marins, pai de Juliana, conversou com a imprensa e lamentou a demora no resgate. Ele afirmou que o parque onde ocorreu o acidente não contava com ao menos um helicóptero:

“O que eu soube é que eles têm um helicóptero para resgate que fica em Jacarta, que é longe de Lombok. O parque entrou em contato com o serviço de Defesa Civil muito tempo depois, se tivesse entrado em contato logo, o desfecho seria outro. Se a Defesa Civil tivesse sido acionada imediatamente, certamente teria tempo de chegar lá. Os protocolos do parque são muito mal feitos”, lamentou Marins.

Manoel também destacou a agilidade do Corpo de Bombeiros no Brasil em comparação ao serviço prestado na Indonésia.

“Nós vivemos em um país em que estamos acostumados a um resgate pronto e imediato, quando alguém sofre acidente vemos nossos bombeiros chegando rapidamente para o socorro. Mas lá, eles não têm recurso. Se os voluntários não tivessem chegado, Juliana não teria sido resgatada, porque a Defesa Civil só conseguiu chegar a 400 m, e ela estava a 600m”, disse pai de Juliana.

RELEMBRE – Juliana desapareceu após cair da trilha no Monte Rinjani no último dia 21. Na ocasião, foi localizada no sábado (21) por turistas espanhóis que passaram a monitorá-la, fazendo fotos e vídeos, inclusive com uso de drone. As imagens mostram a niteroiense sentada em uma área inclinada, aparentemente com dificuldade de se levantar e retornar.

Segundo o Parque Nacional do Monte Rinjani, as condições climáticas impediram o uso de helicóptero para o resgate, porém sete socorristas conseguiram se aproximar do ponto onde a vítima se encontrava na segunda-feira (23). No entanto, eles tiveram que montar um acampamento no local ao anoitecer. Na terça (24), a morte foi confirmada.

Faça sua denúncia pelo nosso WhatsApp: (21) 99744 5345

São Gonçalo vai mudar: Notícias de São Gonçalo e toda região.

Tagged

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *