Uma motocicleta não teve tempo de reagir; ocupantes sofreram ferimentos graves | Foto: Reprodução / Ecovias Ponte
Um erro de trajeto terminou em um grave acidente e em denúncia criminal. O Ministério Público do Rio (MPRJ) denunciou por dupla tentativa de homicídio qualificado um motorista de aplicativo de 43 anos, que provocou uma colisão frontal com feridos ao dirigir na contramão da Ponte Rio-Niterói, em fevereiro de 2024.
A imprudência começou após o condutor errar a rota durante uma corrida iniciada no bairro Vila Valqueire, Zona Norte do Rio, com destino à Lapa. De acordo com a passageira, ao perceber que havia perdido a saída e estava seguindo em direção a Niterói, o motorista declarou que não “perderia mais 40 minutos” no trânsito. Apesar dos protestos dela, ele decidiu improvisar: fez o retorno pela pista errada.
Imagens do sistema de monitoramento da Ponte registraram a manobra arriscada. O carro de aplicativo aparece trafegando pela contramão, quase colidindo com veículos que vinham no sentido correto. Motoristas conseguiram desviar, mas uma motocicleta não teve tempo de reagir.
Após a batida frontal, o piloto da moto, que é um policial civil; e a passageira, uma médica, foram arremessados ao solo. De acordo com a TV Globo, apenas o homem conseguiu se mover logo após o impacto. Ele sofreu lesões na cabeça e nas costas e passou seis meses sentindo vertigens.
Já a mulher rompeu todos os ligamentos do joelho, fraturou um dedo da mão e teve escoriações. Durante seis meses, precisou usar muletas sem poder encostar o pé no chão.
Ao ser ouvido pela polícia, o acusado afirmou que o GPS travou e que, acreditando ser possível retornar, acionou o pisca-alerta e dirigiu pela pista oposta. A versão, no entanto, não convenceu o Ministério Público, que apontou motivação torpe e alegou que o acusado agiu com crueldade, sem dar às vítimas qualquer chance de defesa.
A denúncia pede a suspensão imediata da carteira de habilitação do acusado e a exclusão dele das plataformas de transporte. O MPRJ também solicita uma indenização de, no mínimo, R$ 10 mil para cada uma das vítimas por danos.
A defesa do denunciado foi procurada, mas não foi encontrada.
Fonte: Enfoco
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