Justiça denuncia homens presos em flagrante com pássaros silvestres transportados de forma cruel em Itaboraí

Justiça denuncia homens presos em flagrante com pássaros silvestres transportados de forma cruel em Itaboraí

As aves foram encontradas amontoadas em quatro sacos de nylon

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (GAEMA/MPRJ) e da 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Itaboraí, denunciou, nesta quarta-feira (28/05), dois homens detidos no dia 07/05, na Rodovia BR-101, altura do Km 283, no município de Itaboraí, por envolvimento em atividade criminosa de caça, transporte e comércio irregular de animais silvestres.

Na ocasião, foram apreendidos com eles 163 pássaros das espécies caboclinho (Sporophila bouvreuil) e canário-tibiu (Sicalis luteola), retirados de unidades de conservação ambiental de bioma Mata Atlântica. 

Os denunciados foram autuados em flagrante pela Polícia Federal e são acusados dos crimes de receptação qualificada (art. 180, §1º do Código Penal), caça ilegal (art. 29 da Lei 9.605/98) e maus-tratos a animais (art. 32 da Lei 9.605/98), todos cometidos simultaneamente, o que pode causar aumento da pena.

As aves foram encontradas amontoadas em quatro sacos de nylon, comumente usados para ensacar batatas, contendo aproximadamente 40 pássaros cada. Estavam sem acesso a água ou alimento, em um ambiente cruel que causou ferimentos e levou à morte de pelo menos uma das aves.

Além dos animais, foram apreendidos diversos apetrechos utilizados na caça profissional, como redes de neblina, um facão, cordas e caixas de papelão destinadas ao transporte.

A denúncia do MPRJ ressaltou que este não é um caso isolado, mas sim um componente de um esquema profissional e recorrente de tráfico de animais silvestres, com operações consolidadas há mais de 20 anos.

Registros policiais e judiciais apontam que um dos denunciados já foi investigado e processado em múltiplas ocasiões por crimes ambientais, incluindo envolvimento em tráfico internacional da fauna brasileira.

Diante da gravidade dos fatos e da reiteração criminosa, o GAEMA/MPRJ requereu a manutenção da prisão preventiva de um dos denunciados, por entender que sua liberdade representa risco à ordem pública e à efetividade da legislação ambiental.

Em relação ao segundo envolvido, mais jovem e sem antecedentes, o Ministério Público solicitou a substituição da prisão por medidas cautelares, como comparecimento periódico em juízo e proibição de acesso a áreas de conservação ambiental.

Faça sua denúncia pelo nosso WhatsApp: (21) 99744 5345

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