Botafogo afasta crise, impõe 1ª derrota a Renato no Flu e amplia tabu no RJ

Botafogo afasta crise, impõe 1ª derrota a Renato no Flu e amplia tabu no RJ

Na etapa final, o Fluminense ensaiou uma melhora, mas acabou neutralizado diante do espaço cedido

O Botafogo se recuperou de três tropeços no Campeonato Brasileiro da melhor forma possível: superando um rival. O time de Renato Paiva se impôs diante do Fluminense, cravou 2 a 0 no Nilton Santos e voltou, ao menos provisoriamente, à metade superior da tabela. Vitinho e Savarino marcaram os gols da partida.

Com o resultado, o atual campeão nacional alcançou os 7 pontos e chegou ao 6° lugar. O Flu, por outro lado, conheceu sua primeira derrota sob comando de Renato Gaúcho e estacionou nos 10 pontos, ainda dentro do G4.

O placar ampliou um jejum amargo para o Flu, que acumula oito derrotas consecutivas contra o rival — a última vitória do Tricolor ocorreu em junho de 2022, em duelo do Brasileirão.

Os times voltam a jogar no meio da semana pela terceira fase da Copa do Brasil. O Botafogo recebe, na quarta, o Capital-DF, enquanto o Fluminense, também em casa, encara o Aparecidense um dia antes.

O 1° tempo foi todo do Botafogo, que entrou em campo com um sistema bastante ofensivo e acabou premiado pela coragem. Acuando os visitantes com dois pontas, dois atacantes e meio-campistas construtores, o time de Renato Paiva dominou — e não deixou ser dominado. A atuação rendeu gol de Vitinho e, por pouco, não terminou com vantagem maior antes do intervalo.

Sem efeito prático com as cinco substituições, a solução quase apareceu na bola parada, mas o travessão impediu um gol de falta de Arias. Nos acréscimos, Savarino, em um dos vários contra-ataques botafoguenses, matou o jogo.

O Botafogo começou a partida surpreendendo taticamente o rival ao usar dois pontas (Savarino e Matheus Martins) e dois atacantes (Mastriani e Igor Jesus). O sistema acuou os comandados de Renato Gaúcho, que acabaram sendo atacados, predominantemente, em jogadas iniciadas pelos lados rumo ao setor central — principalmente a partir do lateral Cuiabano.

Aos poucos, o clássico ganhou em bate-boca e perdeu em técnica. Em meio a um empilhado de reclamações, o árbitro Bruno Arleu de Araújo precisou “picotar” o duelo, distribuir broncas e dar um cartão amarelo a Alexander Barboza, que acertou Ganso antes de um escanteio.

Amassando o Fluminense, o ofensivo Botafogo chegou ao primeiro gol aos 36 minutos em uma jogada que começou com Gregore, passou por Matheus Martins na direita e caiu em Igor Jesus, que saiu do meio para o lado e recebeu em profundidade. O atacante percebeu a infiltração do lateral Vitinho, que não desperdiçou a chance e deslocou Fábio: 1 a 0.

Os donos da casa continuaram martelando o adversário e, por pouco, não saíram para o intervalo com uma vantagem ainda maior. Os culpados foram a trave, em cabeceio de Igor Jesus, e Fábio, que bloqueou finalização de Matheus Martins.

Os minutos iniciais do 2° tempo tiveram um novo Fluminense, que passou a pressionar a defesa e assustar John — primeiro em uma quase trapalhada do próprio goleiro, e depois em chute de fora da área de Bernal. Diante das investidas, Renato Paiva acionou o veterano Alex Telles no lugar do agudo Cuiabano.

O clássico voltou a ficar recheado por infrações após o esboço de pressão dos visitantes, e a bola parada acabou virando arma para os dois lados. Savarino contou com ajudinha da barreira e errou, por pouco, o alvo de Fábio, enquanto Arias carimbou o travessão de John em nova cobrança de falta — e reclamou de um pênalti não marcado pouco depois. A festa botafoguense, por outro lado, ficou completa com o próprio Savarino, que marcou nos acréscimos e decretou o 2 a 0.

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