Tradição na agricultura gonçalense passa por gerações 

Tradição na agricultura gonçalense passa por gerações 

Mãe e filha reforçam a produção rural no município 

A história da agricultura familiar em São Gonçalo é marcada pela força do trabalho rural e pela dedicação de famílias que, por gerações, mantêm a tradição do cultivo em terras gonçalenses. Um exemplo é a Dona Luzimar Amorim, de 64 anos, que desde jovem trabalha no campo e criou seus quatro filhos na lavoura.

Moradora do Sítio Amorim, localizado no assentamento da antiga Fazenda Engenho Novo, no bairro de Monjolos, Dona Luzimar continua a tocar o local sozinha, cultivando uma grande variedade de produtos como aipim, laranja, limão, cana e coco, entre outros.

O Sítio Amorim está inserido em uma área que conta outros sítios produtores, todos sob a orientação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro, a Emater-Rio. A organização oferece apoio técnico e capacitação para os agricultores, o que tem sido essencial para a melhoria da produção local e o fortalecimento da agricultura familiar.

A paixão pelo cultivo e a dedicação à terra passam de geração em geração na família Amorim. O pai de Dona Luzimar, Nelson Amorim, foi o responsável por iniciar a tradição que segue viva até hoje. Dos quatros filhos de Dona Luzimar, a filha Gilseia Amorim, de 43 anos, seguiu os passos da mãe e do avô. Ela herdou o sítio do avô, e em homenagem, colocou o nome do sítio de Nelson Amorim, que continua a tradição familiar com muita dedicação. No Sítio Nelson Amorim, Gilseia e o marido comandam o lugar cultivando manga, laranja, limão, além de outras frutas, verduras e hortaliças.

Ambos os sítios atuam na Feira da Agricultura Gonçalense, um importante ponto de encontro de agricultores locais, que acontece às terças e sextas-feiras , das 6h às 14h, na Rua Salvatori, no Centro de São Gonçalo. Organizada pelos produtores da região da Fazenda Engenho Novo, a feira se tornou uma vitrine para produtos cultivados sem agrotóxicos. 

Para Gilseia, a feira não só representa um ponto de encontro entre agricultores e consumidores, mas também uma fonte de recursos para a família.

“Através da feira, consegui pagar o cursinho preparatório para os meus dois filhos, que hoje estão cursando faculdades públicas”, contou emocionada.

A história da família Amorim é um exemplo claro de como a agricultura de base familiar pode ser um alicerce para as famílias. 

Fotos: Renan Otto

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