Austrália proíbe acesso de crianças às redes sociais

Austrália proíbe acesso de crianças às redes sociais

Caso as plataformas de mídia social não cumpram as exigências, podem ser multadas em até 49,5 milhões de dólares australianos

A Austrália está prestes a implementar uma das regulamentações mais rigorosas do mundo para redes sociais, com um novo projeto de lei que pode proibir o uso dessas plataformas por menores de 16 anos. A Câmara dos Representantes aprovou o projeto com 102 votos a 13, após o governo trabalhista de centro-esquerda, liderado pelo primeiro-ministro Anthony Albanese, garantir apoio bipartidário para a medida.

A proposta, que agora será debatida no Senado, visa aumentar a segurança digital das crianças ao enfrentar os riscos à saúde física e mental associados ao uso excessivo das redes sociais.

O governo pretende implementar uma verificação de idade mais rigorosa, obrigando as plataformas a adotar métodos eficazes para garantir que usuários menores de 16 anos não acessem suas redes. O sistema de verificação pode incluir biometria ou identificações governamentais, como passaportes, para garantir a conformidade.

Caso as plataformas de mídia social não cumpram as exigências, podem ser multadas em até 49,5 milhões de dólares australianos (aproximadamente US$ 32 milhões) por violações sistêmicas das novas normas.

As empresas de tecnologia, como Google, Alphabet e Meta (proprietária do Facebook), pressionaram o governo para adiar a implementação da legislação até a conclusão de testes mais amplos de verificação de idade, que devem ocorrer até 2025.

Embora o Senado tenha aprovado a proposta, o comitê responsável incluiu uma condição importante: as plataformas não deverão exigir o envio de documentos pessoais como passaportes para a verificação de idade, uma medida que poderia representar um risco para a privacidade dos usuários.

Além disso, a senadora Karen Grogan, presidente do comitê, enfatizou a importância de envolver os jovens e grupos diversos na discussão sobre a restrição de idade, para garantir que a medida seja implementada de maneira construtiva.

Empresas como Google e Meta manifestaram preocupações sobre os impactos da proibição, pedindo que o governo adiasse a legislação até que os testes de verificação de idade fossem concluídos.

Já o TikTok, pertencente à Bytedance, pediu mais tempo para consultas sobre a proposta, enquanto o X de Elon Musk afirmou que a medida poderia violar os direitos humanos das crianças.

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